Débora Camilo sai em defesa das LGBTQIA+ e pede revogação de honraria ao Ministro Milton Ribeiro

A vereadora Débora Camilo (PSOL) apresentou no dia 18 de maio, uma demanda importante: revogar o título de Cidadão Santista do Ministro Milton Ribeiro. Em razão de suas falas homofóbicas, a Justiça Federal de São Paulo condenou a União a pagar indenização de R$ 200 mil por danos morais coletivos.

De acordo com a Juíza que proferiu a sentença, "a situação se reveste de maior gravidade justamente pelo fato de se tratar de ato praticado por Ministro de Estado, a quem compete, institucionalmente, o estabelecimento de políticas públicas para a erradicação das diversas formas de discriminação ainda presentes na sociedade.”

Em 2019, 445 pessoas foram assassinadas no Brasil por serem LGBTQIA+.
Em 13 de maio deste ano, a vereadora negra e trans Benny Briolly saiu do país em razão das ameaças a sua integridade física, sem esquecer das inúmeras ameaças sofridas pelas vereadoras trans Erika Hilton (PSOL), em São Paulo, Duda Salabert (PDT), em Belo Horizonte, e Linda Brasil (PSOL), em Aracaju.

No dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate a LGBTfobia, a Escola do Legislativo realizou palestra com o tema de Enfrentamento à Homofobia, no qual foram apresentados os males do tratamento desumanizado que é destinado às LGBTQIA+ e como o preconceito e a intolerância transformam-se num mal para toda a sociedade. Diante desse cenário, o Brasil se comprometeu em tratados internacionais e com a legislação interna a combater a LGBTfobia, embora as políticas para essa parcela da população ainda sejam pouco efetivas.

Diante disso, a entidade Aliança Nacional LGBTI+ entrou com uma Ação Civil Pública pedindo a responsabilização pelas falas do ministro, que estimulam a segregação e a violência.

Segundo Débora Camilo, "a Câmara Municipal de Santos precisa dar uma demonstração de cidadania e respeito revogando o título de Cidadão Santista concedido a este sujeito. Homofóbicos não merecem nenhum título ou honraria. O movimento LGBTQIA+ de nossa cidade e seus mais diversos coletivos querem saber quais vereadores e vereadoras apoiarão esta demanda."