Débora Camilo propõe a capacitação de profissionais da saúde sobre as especificidades da população negra
É consenso na literatura científica a existência de doenças de maior predomínio na população negra por causa de fatores genéticos, sociais e ambientais que teriam efeito direto ou indireto na morbidade e na mortalidade do povo preto.
Doenças crônicas degenerativas e doenças evitáveis ganham espaço, por se apresentarem mais prevalentes na população negra, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças falciformes, HIV/AIDS, sífilis gestacional, hepatites virais e tuberculose.
A saúde da população negra também é mais suscetível a algumas doenças genéticas e hereditárias, a exemplo da anemia falciforme. Somando se a isso, o câncer de mama também evidencia elevado índice de mortalidade entre mulheres negras.
Políticas públicas que observem a saúde da população negra, já incorporada no SUS, precisam ser efetivadas também nas cidades, para garantir a equidade do serviço de saúde. Por isso, solicitamos que o executivo acione a Escola de Saúde do município para a realização de cursos e formações sobre a saúde da população negra aos profissionais da saúde e áreas correlatas.
Em novembro, o mês da Consciência Negra, temos a oportunidade de expandir ainda mais o debate e a luta antirracista, além de propor políticas públicas que atendam as necessidades do povo preto e periférico.